A oposição dos intelectuais ao capitalismo se basearia no anseio da aplicação de um sistema de justiça distributiva e do anseio pelo reconhecimento. O ressentimento é colocado como hipótese do que os inclinaria a esses princípios. Ora, não há indivíduo sem a vida em comum, não a qualquer possibilidade de autonomia ou liberdade - mesmo que restritas -, sem a coletividade que o afeta e o constitui. Opta-se pela defesa do sistema por meio da desqualificação do outro a fim de manter sua posição de privilégio relativo e de conforto. Conduzir o público em geral à sensação de que "é mais fácil pensar no fim do mundo do que o fim do capitalismo."
Filosofia, editora Escala.
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