As transformações das culturas juvenis parecem estar se acentuando no período recente, em paralelo e associadas à uma série de mudanças no plano dos meios de comunicação. Novas tecnologias, como a internet e a telefonia celular, reforçam as redes juvenis e mudam a sua forma de interagir e se comunicar. Nesse contexto, a escola passaria a enfrentar a concorrência dessas mídias enquanto fone de informação e conhecimento. Os jovens estão cada vez mais "empoderados" em função de seu maior domínio das novas TICs. Trata-se de uma geração que se coloca, frequentemente na posição de ensinar os pais e, não raro, os próprios. Diferente dos jovens, professores e diretores pertencem a gerações que não veem no computador e na internet uma ferramenta central para a relação com o mundo. A escola precisa manter constante conversa com os setores produtivos, com os setores de serviços, ONGs, representações religiosas e principalmente com universidades. A escola precisa ser um espaço da juventude que está aberta para todos e conectados com o que a universidade produz de conhecimento e cultura. A escola de ensino médio de hoje precisa ter vínculos reais com as universidades, ocupando espaços da universidade, com profissionais das universidades disponíveis para as demandas da escola. É urgente construir vínculos com as universidades para que os jovens de hoje, possam além de vislumbrar os espaços acadêmicos, também desejem e sonhem com a transformação da universidade e aproximação deste universo tão rico.
Diego Moreira, PUC-SP.
Diego Moreira, PUC-SP.
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