"... Não existem pessoas sem cultura, ou incultas porque existem saberes diversos, que não precisam necessariamente ter ligações com os saberes intelectualizados, ou seja, advindos dos livros, das universidades e/ ou ciência."
"... Desse grupo, mencionaremos Theodor Adorno e Max Horkheimer que em sua obra conjunta Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos (1985) tratam de aspectos da cultura e do consumo cultural dentro da sociedade industrializada.
Esses estudiosos dizem que a cultura está tão intrínsecamente ligada ao consumo que se confunde com a publicidade que seduz o consumidor de cultura por meio da palavra.
Assim sendo, o consumidor, seduzido pela propaganda, consome o objeto cultural sem se dar conta de que o faz de maneira manipulada e não totalmente consciente.
Posterior aos estudos realizados pelo grupo acima mencionado, o filósofo francês Félix Guattari subdividiu a cultura em três subtipos: cultura-valor (visão da cultura que elitiza o conhecimento da mesma e dá status a quem tem acesso à ela), cultura-alma coletiva (que vê as manifestações culturais como símbolo de um povo e, segundo essa forma de ver e entender a cultura, todos são possuidores da mesma) e cultura-mercadoria (é a visão de cultura na qual os bens culturais são considerados mercadorias e, portanto, produzíveis e reproduzíveis segundo sua rentabilidade.
Para este estudioso é a cultura-mercadoria o tipo de relação que predomina na sociedade contemporânea e essa forma de lidar com os elementos culturais pode servir tanto para democratizar seu conteúdo como para massificá-lo, mas tanto a cultura erudita como a cultura de massa são tratadas como mercadoria, objeto de lucro."
Filosofia, Ciência e Vida. Por Gabriela Raizaro Tosi.
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