segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Cultura Mercadoria

"... Não existem pessoas sem cultura, ou incultas porque existem saberes diversos, que não precisam necessariamente ter ligações com os saberes intelectualizados, ou seja, advindos dos livros, das universidades e/ ou ciência."

"... Desse grupo, mencionaremos Theodor Adorno e Max Horkheimer que em sua obra conjunta Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos (1985) tratam de aspectos da cultura e do consumo cultural dentro da sociedade industrializada.
     Esses estudiosos dizem que a cultura está tão intrínsecamente ligada ao consumo que se confunde com a publicidade que seduz o consumidor de cultura por meio da palavra.
     Assim sendo, o consumidor, seduzido pela propaganda, consome o objeto cultural sem se dar conta de que o faz de maneira manipulada e não totalmente consciente.
    Posterior aos estudos realizados pelo grupo acima mencionado, o filósofo francês Félix Guattari subdividiu a cultura em três subtipos:  cultura-valor (visão da cultura que elitiza o conhecimento da mesma e dá status a quem tem acesso à ela), cultura-alma coletiva (que vê as manifestações culturais como símbolo de um povo e, segundo essa forma de ver e entender a cultura, todos são possuidores da mesma) e cultura-mercadoria (é a visão de cultura na qual os bens culturais são considerados mercadorias e, portanto, produzíveis e reproduzíveis segundo sua rentabilidade.
     Para este estudioso é a cultura-mercadoria o tipo de relação que predomina na sociedade contemporânea e essa forma de lidar com os elementos culturais pode servir tanto para democratizar seu conteúdo como para massificá-lo, mas tanto a cultura erudita como a cultura de massa são tratadas como mercadoria, objeto de lucro."

Filosofia, Ciência e Vida. Por Gabriela Raizaro Tosi.





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