"Gikovate explica que pais e escolas têm como objetivo formar e informar as novas gerações. Ele adverte que tanto as instituições como as famílias tem vivenciado crises semelhantes ao longo de décadas, perderam os padrões de referência que vigiam até os anos 60 e se tornaram excessivamente vulneráveis aos novos conceitos psicológicos, estes nem sempre transmitidos à população com o devido rigor e a sofisticação daqueles que os construíram. Os pais têm estado perdidos como seres humanos e não apenas como educadores; logo, o modo como têm vivido tem sido bastante contraditório, o que influi negativamente na formação de seus filhos.
Alguns destes novos conceitos provocaram, por exemplo, em muitos pais o medo de causar traumas ou sentimentos de culpa nos filhos. Daí muitos perderam a autoridade que cabe a qualquer educador, pois se tornaram permissivos, criando filhos sem disciplina, sem limites. Além disso, atualmente há também a ideia de que muitos pais são incapazes de dizer não ou de impor disciplina e regras aos filhos, para aliviarem suas culpas pessoais com relação a eles mesmos, como ausência e falta de tempo para com os filhos, etc.
Nesse contexto, é importante observar que a ausência dos pais faz parte da realidade do mundo moderno. Entretanto, apesar disso, é possível estabelecer uma boa relação familiar que depende mais da qualidade do que do tempo que os pais e filhos passam juntos... Sem o afeto, a criança torna-se insegura e pode desenvolver problemas diversos. Ela pode, por exemplo, não se sentir capaz de aprender e consequentemente apresentar dificuldades de aprendizagem na escola. Assim, apesar de a escola exercer um importante papel na educação, ela não é capaz de substituir a afetividade dos pais."
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