O sonho, ao que tudo indica, é contínuo, e possui traços de organização. A memória arroga-se o direito de nele fazer cortes. Nada nos permite induzir a uma maior dissipação dos elementos constitutivos do sonho; Ou seja, torna-se quase impossível dominar o próprio sonho onírico. Talvez a solução seja esperar alcançar um grau de consciência cada dia mais elevado.
É por isso, que no meu entendimento, o artista tem de ser o mais consciente e não o mais sonhador da sociedade.
O espírito do homem que sonha se satisfaz plenamente com o que lhe acontece. A angustiante questão da possibilidade de resolver-se com sim ou não, não mais está presente na alma.
Se o despertar do homem é mais duro, se ele quebra muito bem o encanto, é que o levaram a ter uma rara ideia da expiação da criação.
A aparência destes dois estados, tão contraditórios na aparência, o sonho e a realidade, pode ser uma espécie de realidade absoluta, ou se assim podemos dizer, de surrealidade.
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