"Pode-se também notar essa tal diferença entre os afro-brasileiros. Nos quais, os de cultura carioca são dados ao luxo e a preferência em viver constantemente ao lado da burguesia caucasiana. Há mais uma fluência para uma arte mais romantizada, uma arte caracterizada pela conquista "virtuosa" e amorosa, muito priorizada nas letras de canções populares. Já em São Paulo, a arte dos afro-brasileiros está direcionada para os distúrbios sociais, as lutas de classe e os conflitos urbanos. Se pudéssemos resumir ou distribuir os poderes humanos, estariam assim distribuídos: O poder social e político para o Rio de Janeiro afrancesado. E o poder econômico e militar para uma São Paulo facista italianizada. O que torna um pouco perceptível ainda meados de uma Segunda Grande Guerra Mundial em território entre as duas megalópoles. Os cariocas vivendo de nome, popularidade e livre-arbítrio. Enquanto os paulistas de luta e trabalho.
Há de considerar que toda família brasileira tem um destino em rumo a São Paulo ou ao Rio de Janeiro. Se houvesse uma maneira de caracterizar o indivíduo para algum dos dois destinos seria assim: Para a direção do Rio de Janeiro partiria uma espécie de Ateniense (o guerreiro bom da República de Platão, dado à música e às artes). E para a direção de São Paulo partiria uma espécie de Espartano (o guerreiro belo da República de Platão, dado ao esporte e à ginástica)."
Trecho do meu próximo livro: O Cão - Poder Antipolítico.
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