" ... É, com efeito, difícil remover o costume da multidão.
" No que concerne ao terceiro argumento, deve dizer-se que a multidão, na qual se introduz o costume, pode ser de dupla condição. Se é uma multidão livre, que possa fazer a própria lei, maior é o consenso de toda multidão quanto à observância de algo, que o costume manifesta, do que a autoridade do príncipe, que não tem poder de edificar a lei, a não ser enquanto age na pessoa da multidão. Donde, ainda que as pessoas singulares não possam instaurar a lei, pode-o contudo todo o povo. "
"... e da democracia, isto é, do poder do povo, porque dentre os populares podem ser eleitos os príncipes e ao povo pertence a eleição dos príncipes. E isso foi instituído segundo a lei divina."
"... Dt 17,15: Constituirás rei aquele que o Senhor teu Deus eleger. No que concerne ao segundo argumento, deve dizer-se que o reino é o melhor regime de um povo se não se corromper. Mas em razão do grande poder que se concede ao rei, facilmente o reino degenera em tirania, a não ser que seja perfeita a virtude daquele a quem se concede tal poder, pois só o virtuoso é capaz de bem gerir grandes fortunas, como diz o filósofo."
Os 8,4: " Eles próprios reinarão, mas não por meu mandato. Hão de ser príncipes, mas não os reconhecerei."
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