domingo, 24 de dezembro de 2023

Self

       " Os desejos do ego são superficiais. Seu verdadeiro self é isento de ego. Você não está objetivando o ganho; não teme a perda. Quando dá de si mesmo, não está secretamente calculando o que terá em retorno.

      Somos afortunados por haver outra forma de ver o mundo, não da perspectiva do ego, mas além dele, onde a plenitude existe. Conforme o domínio do ego vai enfraquecendo, ocorre uma fusão sutil do "eu quero" e do "eu preciso". Agir como o darma - o desejo de Deus - o faria agir de maneira totalmente natural. Você está simplesmente sendo você mesmo. "

O Efeito da Sombra. Editora Leya.



sábado, 4 de novembro de 2023

Escritos Políticos de Santo Tomás de Aquino

       " ... É, com efeito, difícil remover o costume da multidão.

      "  No que concerne ao terceiro argumento, deve dizer-se que a multidão, na qual se introduz o costume, pode ser de dupla condição. Se é uma multidão livre, que possa fazer a própria lei, maior é o consenso de toda multidão quanto à observância de algo, que o costume manifesta, do que a autoridade do príncipe, que não tem poder de edificar a lei, a não ser enquanto age na pessoa da multidão. Donde, ainda que as pessoas singulares não possam instaurar a lei, pode-o contudo todo o povo. "

      "... e da democracia, isto é, do poder do povo, porque dentre os populares podem ser eleitos os príncipes e ao povo pertence a eleição dos príncipes. E isso foi instituído segundo a lei divina."

      "... Dt 17,15: Constituirás rei aquele que o Senhor teu Deus eleger. No que concerne ao segundo argumento, deve dizer-se que o reino é o melhor regime de um povo se não se corromper. Mas em razão do grande poder que se concede ao rei, facilmente o reino degenera em tirania, a não ser que seja perfeita a virtude daquele a quem se concede tal poder, pois só o virtuoso é capaz de bem gerir grandes fortunas, como diz o filósofo."

      Os 8,4: " Eles próprios reinarão, mas não por meu mandato. Hão de ser príncipes, mas não os reconhecerei."






sábado, 21 de outubro de 2023

Violência na TV

       "... As pessoas preocupam-se particularmente sobre os efeitos da violência na TV, e os estudos de Bandura também contribuíram para essa controvérsia. Um dos argumentos indica que à medida que os vilões dos dramas de TV são, via de regra, punidos, as crianças não se encorajam a imitá-los. Por outro lado, afirma-se que os mocinhos são em geral tão violentos quanto os vilões. Assim sendo, as crianças podem aprender que a violência traz bons resultados e que essa é a maneira mais adequada de se lidar com os conflitos interpessoais. Na verdade, nem sempre as crianças aprendem sobre o mundo, aquilo que supomos que elas deveriam aprender. Como acontece com todas as coisas, as crianças compreendem à sua própria maneira aquilo que assistem na televisão.

      Quase todos os psicólogos interessados nesse problema acreditam que ver violência na TV pode fazer com que as crianças sejam mais violentas na vida real. Um estudo realizado por Liebert e Baron ilustra o tipo de evidência que fornece apoio a essa crença. Dois grupos de crianças viram diferentes programas de TV. Um deles assistiu um programa esportivo, enquanto que o outro viu um episódio de Os Intocáveis, um seriado policial, caracterizado pela ação violenta. Cada grupo foi então convidado a brincar com outras crianças que não haviam visto nenhum dos programas. O grupo que assistiu ao episódio de Os Intocáveis mostrou-se muito mais agressivo e propenso a violência em relação aos companheiros do que o grupo que viu o programa esportivo."

Introdução à Psicologia. David Statt.



quarta-feira, 4 de outubro de 2023

Música é uma tecnologia de prazer

 

      "... Que benefício poderia haver em gastar tempo e energia produzindo ruídos plangentes ou em sentir-se triste quando ninguém morreu? Muitas foram as sugestões apresentadas - a música une o grupo social, coordena a ação, realça o ritual, libera tensões -, mas elas simplesmente contornam o enigma em vez de explicá-lo. Por que canções rítmicas unem o grupo, dissipam a tensão etc? No que respeita a causa e o efeito biológicos, a música é inútil. Não há nada que indique um design para se atingir um objetivo como vida longa, netos, percepção e previsão acuradas do mundo. Comparada à linguagem, visão, raciocínio social e know-how físico, a música poderia desaparecer de nossa espécie e o resto de nosso estilo de vida permaneceria praticamente inalterado. A música parece ser uma pura tecnologia de prazer, um coquetel de drogas recreativas que ingerimos pelo ouvido a fim de estimular de uma só vez toda uma massa de circuitos de prazer."

Como a mente funciona, de Steven Pinker.



sexta-feira, 29 de setembro de 2023

Níveis de Kohlberg

       Kohlberg identifica três níveis principais de desenvolvimento moral:

       1. Nível Pré-Convencional: Neste nível a criança preocupa-se em obedecer às regras e se o seu comportamento acarreta recompensa ou punição.

   2. Nível Convencional: Neste nível a criança está preocupada principalmente em corresponder às expectativas dos outros.

       3. Nível Pós-Convencional: Aqui a pessoa procura atender aos ditames de sua consciência, além de abstrair princípios morais universais. Quando este último nível do desenvolvimento moral é atingido, Kohlberg acredita que o indivíduo passa a deter certos valores universais, isto é, aqueles que são válidos em qualquer época ou lugar, embora possam ser expressos de maneira diferente. Tais valores referem-se ao bem-estar dos outros e à justiça e igualdade na sociedade.



segunda-feira, 24 de julho de 2023

Escritos Políticos de Santo Tomás de Aquino

Trecho dos Escritos Políticos de Santo Tomás de Aquino. Editora Vozes:
É o homem suficientemente governado pela lei eterna. Diz, com efeito, Agostinho (Sobre o livre-arbítrio,1, cap.6) que "a lei eterna é aquela por força da qual é justo que todas as coisas sejam perfeitamente ordenadas". Mas a natureza não se excede no supérfluo tanto quanto não é deficiente no necessário. Portanto, não há lei natural para o homem.
Além disso, o homem é ordenado em seus atos para o fim mediante a lei, como acima se estabeleceu. Ora, a ordenação dos atos humanos para o fim não se faz pela natureza, como ocorre com as criaturas irracionais, que agem em vista do fim apenas mediante o apetite natural. Mas o homem age em vista do fim mediante a razão e a vontade. Portanto, não há para o homem alguma lei natural.
Anotação: Em poucas palavras: O homem não aceitou e não aceita os ensinamentos de Cristo.




Paixões da Alma

        "Isso mostra que todas as cinco são muito úteis em relação ao corpo. Até mesmo a tristeza é de alguma forma anterior e mais nec...