"... Percebe-se, afinal de contas, a maneira pela qual os mais diferentes filósofos preenchem sempre um mesmo quadro fundamental de todas as filosofias imagináveis. Como se fossem forçados por uma pressão invisível, percorrem sem cessar o mesmo círculo, apesar da independência que acreditam ter uns dos outros, em sua vontade de crítica ou sistemática... Em toda parte igualdade perante a lei - como se nisso a natureza não resolvesse as coisas melhor do que nós... naveguemos em linha reta acima da moral! Talvez precisemos esmagar e varrer o que resta em nós de moral, tentando a passagem - mas que importa para nós! Jamais até agora um mundo mais profundo se revelou para viajantes intrépidos e aventureiros... De fato, a psicologias se reconverteu no caminho que conduz aos problemas fundamentais... E é unicamente sobre essas bases, desde então sólidas e inabaláveis, da ignorância, que a ciência pode se edificar até o presente, a vontade de saber na base de uma vontade muito mais poderosa ainda, a vontade da ignorância, da incerteza, da mentira! Não como seu contrário, mas como seu refinamento. "
Trechos de Além do Bem e do Mal. Nietzsche.
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