domingo, 26 de novembro de 2017

Música Instrumental: Sol do Garimpo

A Cruz do Pecado Capital (Parte do meu próximo livro)

Mesmo que a classe trabalhadora exija leis trabalhistas mais rígidas diante dos empresários, o governo ao ter que relembrar a abertura decisiva dos mercados no início dos anos noventa, nada consegue remediar o escancaramento da economia nacional. Ou seja, aos poucos, estamos vendendo nosso país para os capitalistas do Primeiro Mundo. Parece ser a tendência do mercado internacional no Brasil, seremos apenas mão-de-obra trabalhadora, e pouco intelectiva, pois a robotização nas indústrias já é uma realidade. E aqueles que sempre sonharam com o país estabelecendo regras nas leis do mercado internacional, nada tem a dizer, a não ser calar-se diante da desventura brasileira de nunca considerar a vontade da maioria no jogo político nacional. Pois com a completa abertura do mercado nacional, pouco adiantará qualquer exigência dos trabalhadores, como também pouco remediará qualquer regra estabelecida no poder legislativo. É que ao abrir as portas do mercado nacional, as empresas internacionais em pouco tempo conseguem ditar as regras devido às nuances de um lei natural dos mercados: toda empresa precisa e deve buscar o lucro. Assim, qualquer empreendimento internacional ao vincular sua economia ao mercado brasileiro, prima essencialmente na virtude principal do capitalismo: o lucro.
     Uma palavra tão estúpida, e tão bem aceita aos nossos ouvidos e aos ouvidos de nossos filhos. Pois o lucro, naturalmente delineia em nossos pensamentos internos a vitória do mais esperto, aquele que trapaceia e faz de tudo para considerar a malícia (malandragem) como algo superior ao bem ofício (mané). Logo, naturalmente aceitamos a tal palavra: lucro, em nosso cotidiano, ou seja, vence o mais esperto, e não o protetor.
     Pois essa tal mundialização está estabelecendo-se aqui em nosso país, muito rapidamente; e com o tempo, o lugar passa a ser regido sem nenhuma regra ou lei: tudo pode, e tudo é possível. Ou seja, vale tudo para se obter o lucro. Na América do Sul, um exemplo de uma terra sem lei, seria os garimpos, principalmente no século XVIII, a vida tinha menor valor do que o ouro. E na América do Norte, outro exemplo de uma terra sem lei: seria as cidades do reconhecido Velho Oeste Americano.
     E não seria nem um pouco ingênuo, aquele que disser que isso já ocorre nas principais cidades brasileiras, e até nos pequenos municípios. A violência urbana, com seus assassinatos, latrocínios, infanticídios, duelos passionais, roubos, assaltos, suicídios, crimes do toda espécie, já está institucionalizada, já faz parte da realidade e da paisagem. E a degeneração social parece crescer de ano em ano, vide o aumento do número de crimes em quase todas as cidades brasileiras.



sábado, 25 de novembro de 2017

Pensar

"Pensar não é uma tarefa simples, exige recolhimento, introspecção, leitura, e traz o incômodo de olhar para o mundo e duvidar das respostas prontas. Pensar nos tira do acomodamento, talvez por esta razão seja tão mais fácil aderir à produtividade, à atividade contínua como válvula de escape, como instrumento do não pensar.
     Este comportamento coletivo, da busca incessante por coletividade, pode sim, acelerar depressões. Pois à medida em que empurra pessoas para esse processo de normatização profissional, onde somente alguns têm o seu lugar ao sol, distancia outros tantos da sua própria essência, na ansiedade de seguir uma tendência social."

Luz Maria Guimarães, graduada em História pela UFSC.



O Ser e o Nada

"Lemos em O mito da resistência que em o 'primado da negação em O ser e o nada, isto é, a negação como ponto de partida da investigação filosófica, pressupõe a desmontagem do primado do conhecimento, próprio da teoria epistemológica tradicional, por isso as primeiras páginas de O ser e o nada dedicam-se justamente a desfazer a ilusão do primado do conhecimento"

Vimala Ananda Jay, mestre em filosofia pela USP.





Existencialismo

"A existência precede a essência é a frase chave do Existencialismo. Quer dizer que a essência do homem vai se constituindo ao longo do tempo a partir das escolhas que este faz. É a livre escolha que fará o ser."

Vimala Ananda Jay, mestre em filosofia pela USP.



Sartre

"Por algum tempo, Sartre foi considerado como um filósofo datado, fora da moda, digamos assim. Talvez tenha sido colocado de lado durante alguns anos porque afinal de contas nunca se importou em incomodar. Comprou custosas brigas. A causa primordial de todas elas: liberdade de comportamento, de expressão, a forma como colocava-se em plena situação em seu tempo histórico."

Vimala Ananda Jay, mestre em filosofia pela USP.





Comerciante

"Onde há muita gente, há muita ideia nova."
"Afinal, como observou o economista Adam Smith, o homem é o único animal que troca coisas entre si."

Walter Cezar Addeo, mestre em filosofia USP.



terça-feira, 21 de novembro de 2017

Bioética III

Quando se estabelece que a ideia de não mentir é bom para todos e que na prática, assim não o façam, logo, ela resultará em um princípio que por sua vez será nomeado como Princípio Supremo da Moralidade. Ao se aplicar esse princípio às condutas, diria Kant, se assim o fizermos por respeito ao princípio, estaríamos agindo moralmente e o valor da promessa se manteria entre os homens, pois onde há mentira não haverá valor na promessa entre as relações.




Bioética II

O que realmente se torna relevante é que a bioética está preocupada com a dignidade humana e o futuro da humanidade. Vale ressaltar que tanto a ciência quanto o próprio homem devem caminhar sempre juntos - em simetria; a ciência avançando e o homem progredindo juntamente com o discurso da ética.

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Bioética

Como resultado dessa mudança espiritual do homem, surge um novo aliado, a bioética: bio entende-se vida e ética, ciência da qualidade dessa vida. Fruto de reflexão ética para a vida, a bioética ganha assim o seu autêntico valor e espaço. Em sua verdadeira intenção se nota que a dignidade humana é a principal substância a se considerar. É por ela e por meio dela que a bioética ganha o seu apropriado significado. Pode-se dizer que sem o elemento da dignidade não faria sentido a existência da bioética.

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Intolerância


O século XXI iniciou-se com dois importantes legados para a humanidade. O início de códigos e tratados que defendem a dignidade humana e a era da informação. Se o primeiro legado se inaugura com o código de Nuremberg quando o discurso revela o que podemos ou não fazer com pessoas, sempre pela perspectiva de ferir ou não a dignidade; o segundo se restringi a era da internet e redes sociais.

     Nesse sentido, a de se avaliar também o papel do opressor e o oprimido; se o primeiro sempre fez o que quis, segundo o seu poder e interesses particulares; o outro apenas manifestou a ausência de melhor poder se defender daquele que é impiedoso.
     Ainda que possivelmente o opressor nunca venha deixar de existir, o intolerante passa agora a ser não tolerado por uma nova frente de intolerantes. Quer se dizer: o séc. XXI está se tornando cada vez mais intolerante com os intolerantes.

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quinta-feira, 16 de novembro de 2017

A República de Platão

Na República de Platão, os jovens na Grécia Antiga eram educados, parte em Esparta, e a outra parte, em Atenas.
     Os jovens espartanos, conhecidos como guerreiros belos, cultuavam o esporte, o corpo, a ginástica e a beleza física. Já os jovens atenienes, conhecidos como guerreiros bons, cultuavam a música, as artes, a poesia e a literatura.
     Se fôssemos traçar um paralelo daquela Grécia para hoje, seria como a Direita e a Esquerda política e econômica. Os jovens da Direita, cultuam o esporte, o corpo, a ginástica, a luta marcial. Como cultura, sempre a música e as artes do modismo (como música sertaneja, axé, pagode). Já os jovens da Esquerda, cultuam as artes, a música da contracultura (como mpb, rock, samba, rap, reggae) e as ditas cultas do passado recente, e também distante.
     Para Platão, o ideal era que o jovem unisse a educação espartana com a educação ateniense.




O que é o amor?

O amor é uma paixão. Como assim, também é uma paixão, o medo, o ciúme e a solidão.



Educação

A instrução tem por fim fornecer ao homem o conhecimento e uso dos objetos necessários para sua vida profissional.
     Ser amigo da verdade, da justiça, do amor, da honestidade, da fraternidade e das outras virtudes espirituais, é criar valores pela consciência, e isto torna o homem bom.
     Até hoje, os poderes públicos de todos os países insistem muito em instrução e pouco em educação. Talvez tenham razão, porque a educação não é tarefa do Estado ou de alguma organização social, mas sim do homem individual.
     Ser educado é realizar explicitamente o que já é implicitamente.




Existência Total

Nunca deve fazer o bem para receber alguma recompensa, mas unicamente pelo próprio bem, porque ser bom é ser feliz, mesmo no meio de sofrimentos.
     A visão nítida da sua existência total dará ao homem forças para tomar sobre si qualquer desgosto ou sofrimento temporário.
         A maior desgraça do homem está em não ter esta visão panorâmica da sua existência total e permanente. E é este o fundamento de toda educação verdadeira.

Educação do Homem Integral, de Huberto Rohden.



Homem de Visão

O homem de visão panorâmica aceita tranquilamente o sofrimento e dissabores transitórios que lhe exijam a obediência das leis cósmicas, e então o homem é feliz, seja no gozo, seja no sofrimento.
     A imensa maioria da humanidade, porém, não tem essa visão da sua existência total; desobedece às leis cósmicas por causa de alguma satisfação pessoal momentânea, e estes homens são infelizes, mesmo em todos os seus gozos e prazeres.




Felicidade

É absolutamente certo que o homem, quando deixa o corpo material, continua a existir conscientemente, em outras regiões do cosmos, tão verdadeiramente como está vivendo agora no pequeno planeta Terra. A vivência terrestre é uma parcela insignificante da sua existência total.
     A felicidade não consiste em que o homem goze aqui todos os prazeres, a felicidade consiste em que o homem viva em perfeita harmonia com as leis cósmicas, que regem o universo inteiro e também a vida do homem.
    Estas leis exigem imperiosamente que o homem, mesmo aqui na Terra, viva em harmonia com a verdade, a justiça, a honestidade, o amor, a bondade, a fraternidade universal.




Realização Existencial

O homem da realização existencial é sempre feliz, mesmo sem o gozo do sucesso social.
O homem da frustração existencial é sempre infeliz, mesmo no gozo do sucesso social.
     É de suprema sabedoria do Eu realizar a sua existência, porque o destino supremo do homem é a sua felicidade. A felicidade é a única coisa que está sempre ao alcance dele.
     É este o fim da verdadeira educação: a realização existencial do homem, que é a sua felicidade.



Crise Existencial

A crise mais dolorosa do homem moderno é uma crise existencial, o homem de hoje sofre de uma caótica frustração existencial (ele não sabe o que é, o que quer ser, e muito menos sua função no mundo). Outrora, escreveu Chesterton, havia o homem perdido o seu caminho, hoje, porém, ele perdeu o seu próprio endereço. Não sabe mais qual o seu destino, qual a finalidade da sua existência, e nega até a existência de uma finalidade. O homem moderno perdeu a noção da sua existencialidade. Ou seja, ele não sabe o que quer ser, não sabe ser quer ser bombeiro, engenheiro, médico, músico, fazendeiro...

Educação do Homem Integral, de Huberto Rohden.




Educador e Educando

Não é verdade que o meio bom faça o homem necessariamente bom, embora lhe facilite ser bom.
     Se no educando não existe receptividade e ressonância propícia, o melhor dos educadores não pode educar ou converter o educando.
     Indiretamente, pode o educador despertar no educando potencialidades dormentes, que melhorarão a receptividade dele. Praticamente, toda a arte de educar consiste em descobrir e despertar no educando essas potencialidades dormentes.
     A análise do talento é meridianamente consciente, ao passo que a intuição é misteriosamente ultraconsciente. Essa intuição do educador pode ser cultivada e aperfeiçoada através de experiência e vivência, interna e externa.

          Educação do Homem Integral, de Huberto Rohden.





Auto-educação

A auto-educação é idêntica à auto-realização, que, como tal, não é da alçada dos poderes públicos, mas de iniciativa particular.
     A filosofia da auto-educação ou auto-realização seria a única. A base sólida para uma pedagogia eficiente. A única educação verdadeira é uma auto-educação, que é totalmente individual. Ninguém pode educar alguém. Alguém só pode educar-se a si mesmo.

     Educação do Homem Integral, de Huberto Rohden.



quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Hypermodernidade

A seleção natural atua ao longo de milhares de gerações. Durante 99% da existência humana, as pessoas viveram da coleta de alimentos, em pequenos grupos nômades. Nosso cérebro está adaptado a esse modo de vida extinto há muito tempo e não às recentissímas civilizações agrícolas e industriais. Ele não está sintonizado para lidar com multidões anônimas, escola, linguagem escrita, governo, polícia, tribunais, exércitos, medicina moderna, instituições sociais formais, alta tecnologia e outros recém-chegados à experiência humana.



Paixões da Alma

        "Isso mostra que todas as cinco são muito úteis em relação ao corpo. Até mesmo a tristeza é de alguma forma anterior e mais nec...