A sobrevivência da democracia argentina foi colocada diariamente em jogo no âmbito macroeconômico e sua sorte permaneceu ligada às flutuações dos índices de inflação, da taxa de câmbio e do risco-país. Quando surgem situações limites como as identificadas aqui no Brasil, a democracia enfrenta a exigência de revalidar-se cotidianamente perante a sociedade, dando respostas para seus problemas mais angustiantes. Tais crises criam um dilema, pois a capacidade de decisão que é preciso reunir para superá-las pode comprometer as instituições democráticas, no acaso de serem crises permanentes. Por isso, muitas vezes, entram no jogo as forças militares com seu presidencialismo imperial.